Darwin errou?
Autores americanos apontam suspostas falhas na teoria da evolução
por Carlos Nasser
28 de Julho/Quarta Feira

Segundo as melhores teorias atuais sobre a evolução humana, nossos primeiros ancestrais pré-históricos surgiram na África há cerca de 6 milhões de anos. Foram precisos mais de 5 milhões de anos de adaptações para se chegar ao Homo sapiens, cujo aparecimento teria ocorrido entre 100 mil e 200 mil anos atrás. Mas há peças que parecem não se encaixar nesse intrincado quebra-cabeça. Para os americanos Michael Cremo e Richard Thompson, autores do livro A História Secreta da Raça Humana, a conclusão é bastante diferente e radical: a teoria da evolução proposta pelo naturalista britânico Charles Darwin no século 19 está errada e a história dos seres humanos precisa ser rescrita do zero e partindo da premissa de que existimos há muito mais tempo do que imaginávamos.

Várias pistas diferentes são usadas para tentar recompor a história dos animais e plantas que existem ou existiram em nosso planeta. Os fósseis – restos de ossos preservados no meio de sedimentos que, com o passar de milhares de anos, se transformaram em rochas – são algumas das mais importantes. No caso dos seres humanos, é possível encontrar também artefatos, ferramentas e marcas de ações. Acredita-se que o nosso ancestral mais antigo tenha surgido há cerca de 6 milhões de anos. O Homo sapiens, há apenas 100 mil ou 200 mil anos. O que pensar então de um esqueleto e outros restos de ossos com anatomia praticamente igual à de seres humanos modernos encontrados num sítio do período do Plioceno, que pode ter de 1,5 milhão a 5 milhões de anos? Os ossos foram descobertos numa vala na cidade italiana de Castenedolo, ao longo da década de 1860. “Esse é um exemplo bem documentado de restos humanos totalmente anômalos, numa época em que os cientistas supõem que eles seriam impossíveis.”

Outra evidência apontada por ele: em 1849, operários de uma mina de ouro na Califórnia encontraram algumas ferramentas mais avançadas, como pontas de lança e pedras de amolar, em leitos de cascalho localizados dezenas de metros abaixo das rochas. A idade dos cascalhos variava de 9 milhões a 55 milhões de anos. Nessa época, os mamíferos estavam começando a se diferenciar e formar distintas espécies, estando muito longe do surgimento de uma criatura que fosse capaz de fabricar tais ferramentas.

Mas há outros casos mais extremos, como os citados no início do texto. Em 1844, um cordão de ouro foi encontrado a 2,40 metros para dentro de uma rocha, que estava sendo removida por operários em Dorchester, Inglaterra. Em 1985, a pedra teria sido datada como sendo do período Carbonífero Primitivo – entre 320 milhões e 360 milhões de anos de idade. Se para a maioria parece exagero nem sequer considerar que havia alguma criatura capaz de fazer um cordão de ouro nessa época remota, para Cremo e Thompson isso é apenas mais uma evidência subestimada. Quer saber até onde eles chegam? Pois bem. Na África, na década de 1980, foi encontrada uma esfera de metal, perfeitamente redonda, com três listras paralelas sulcadas em baixo-relevo. Ela estava num depósito mineral que teria cerca de 2,8 bilhões de anos. “Na ausência de uma explicação natural, a evidência é misteriosa. Isso deixa aberta a possibilidade de que tenha sido feita por um ser inteligente”, afirmam os autores.

Esses são apenas alguns exemplos descritos no livro de Cremo e Thompson. No total, são 139, com variados níveis de detalhamento. Todos eles conhecidos e estudados pelos cientistas. Mas as conclusões não foram muito animadoras: simplesmente todas as supostas evidências foram refutadas. Os ossos de Castenedolo podem ter sido apenas sepultados num extrato mais antigo. Um teste de datação radioativa utilizando o carbono 14, realizado mais recentemente, deu aos ossos no máximo 958 anos.

Crença versus evidência

Poucos assuntos na história e na ciência são tão polêmicos quanto as origens da nossa espécie. Desde que Darwin contrariou a idéia da criação divina e enquadrou o homem dentro da sua teoria da evolução, a discussão ficou polarizada entre criacionistas de um lado e cientistas de outro – crença contra evidência. Mas para Cremo e Thompson, as diferenças entre eles não são tão gritantes como se poderia supor. Para os autores, os cientistas teriam se apegado tão firmemente à teoria darwiniana que já não consideram nenhuma outra possibilidade, fazendo vista grossa para possíveis evidências que não estejam de acordo com sua “crença”.

Ou seja: segundo os autores, a ciência só não encontra provas de que os seres humanos são muito mais antigos porque os cientistas não querem. “A comunidade científica suprime dados que possam acarretar desconfortos para a imagem da evolução humana que prevalece hoje em dia”, afirmam Cremo e Thompson. “Ficamos conhecendo também a tristeza e a amargura pessoais experimentadas por cientistas que têm o infortúnio de fazer descobertas anômalas.”

Para Cremo e Thompson, não há muita alternativa. Se um pesquisador encontrar algum osso ou outro indício que vá contra a linha evolutiva, ou ele finge que não encontrou nada ou se prepara para todo tipo de represália velada: descrédito dos colegas, ameaças de demissão ou de corte de verbas e exclusão dos periódicos científicos. A teoria da evolução teria se tornado uma questão de fé, ou a ciência não teria capacidade de lidar com novos fatos que contradizem teorias que atualmente são aceitas como verdadeiras. Isso sem falar que, se os casos apresentados no livro forem todos verdadeiros, não é somente a data do surgimento do Homo sapiens que estaria errada. Significaria também que homens modernos e primitivos teriam coexistido, o que quer dizer que não houve evolução de um para outro. Seriam criaturas totalmente distintas, que inclusive estariam coexistindo até hoje. Segundo o livro, basta prestar atenção nos casos de pés-grandes e homens das neves para ver que os humanóides primitivos ainda estão vivos.


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1 Response
  1. olá, irmão querido em jesus passando para desejar todas as bençãos sobre tua vida e de sua familia...abraços...fica na paz!!