A Capela onde o Homem Fecha a Boca (parte 1)
09 de Novembro/Terça Feira

"Santificado seja o teu nome..."

Quando morei no Brasil, levei minha mãe e sua amiga para conhecer Foz do Iguaçu, a maior cachoeira do mundo. Algumas semanas antes, eu tornara um perito em cataratas, lendo um artigo na revista National Geographic. Certamente, pensava eu, minhas hóspedes apreciarão a boa sorte de me terem como guia.

Para alcançar o mirante, os turistas devem percorrer uma trilha sinuosa, que os leva através da floresta. Aproveitei a caminhada para fazer à minha mãe e à sua amiga um relato da natureza de Iguaçu. Estava tão cheio de informações, que tagarelei o tempo todo. Após alguns minutos, entretanto, surpreendi a mim mesmo falando cada vez mais alto. Um som à distância forçava-me a elevar a voz. A cada volta da trilha, eu aumentava o volume. Finalmente, eu estava gritando acima do ruído, o que era completamente irritante. Qualquer que fosse aquele barulho, eu preferia que o desligassem até eu terminar minha preleção.

Só depois de chegar à clareira, compreendi que o ruído que ouvíamos era a cachoeira. Minhas palavras foram abafadas pela força e o furor daquilo que eu estivera tentando descrever. Não pude mais ser ouvido. Ainda que eu pudesse, não tinha mais uma audiência. Mesmo minha mãe preferia ver o esplendor a ouvir minha descrição.Calei a boca.

Há ocasiões em que o falar profana o momento... O silêncio representa o mais elevado respeito. A palavra para tais ocasiões é reverência. A oração para estes momentos é "Santificado seja o teu nome". E o lugar para esta oração é a capela.

Se há paredes, você não as percebe. Se há bancos, você não precisa deles. Seus olhos estão fixos em Deus, e seus joelhos, no chão. No centro da sala há um trono, e, perante o trono, um banco no qual se ajoelhar.

Não se preocupe em ter as palavras certas; preocupe-se antes em ter o coração certo. Não é eloqüência que Ele procura, apenas honestidade.

A hora de estar em silêncio

Esta foi a lição aprendida por Jó. Se ele cometera uma falta, esta fora a sua língua. Ele falara demais.

Não que alguém pudesse culpá-lo. A calamidade arremetera sobre o homem como um leão sobre um rebanho de gazelas, e quando o alvoroço passou, não restara praticamente uma parede em pé, ou um ente querido vivo. Os inimigos haviam trucidado as boiadas, e os raios, destruído os rebanhos. Ventos fortes deixaram soterrados nos escombros os seus filhos que festejavam.

E esse fora apenas o primeiro dia.

Notas:

Traduzido por Marta Doreto de Andrade
Extraído de The Great House of God, © 1997 de Max Lucado

Fonte:http://www.irmaos.com

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